Recentemente fiz uma
viagem ao Irão, onde percorri várias cidades e aldeias, entre elas Esfahan. Uma
cidade com mais de 2000 anos de história.
Cheguei já de madrugada e
desde logo fiquei fascinada pela sua dimensão e envolvência histórica.
No dia seguinte tive
oportunidade de ir conhecer a origem dos verdadeiros tapetes persas. Desde o
fabrico das lãs, o desenho dos tapetes, passando pelas várias etapas de
manufacturação, e até mesmo a reparação de tapetes já antigos.
É de facto uma arte que
desconhecia e a qual passei a dar muito mais valor, pelo trabalho minucioso que
é exigido a cada trabalhador. Tudo é feito à mão, trabalhos de horas e horas,
para que os tapetes fiquem perfeitos.
As cores dos tapetes são
todas feitas através de produtos naturais, como frutos ou plantas, que são
transformadas em pó e que mais tarde vão servir para tingir a lã.
A lã vai passando por
vários processos até chegar à cor final, para depois serem usadas na
manufacturação dos tapetes.
O desenho dos tapetes é
pensado meticulosamente e desenhado primeiro em papel pelo desenhador.
Hoje em dia, já se vão
modernizando e o desenho é depois digitalizado para poder ser trabalhado ao
nível das cores e pequenas correcções que possam ser necessárias, pixel a
pixel. É um verdadeiro “jogo” de paciência e muito gosto pelo que se faz, para
chegar ao resultado final.
Depois de passar por todos
os processos de produção, são lavados e postos a secar, para mais tarde poderem
então ser vendidos.
O resultado final são
verdadeiras obras de arte que vão perdurando ao longo dos anos.
Este senhor iniciou-se no mundo dos tapetes pela mão do seu avô e foi ao longo dos tempos aprendendo sobre esta arte e é hoje dono do negócio de família que vende tapetes para todo o mundo.
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